Você finalmente conseguiu separar um dinheiro para investir, mas…
Te veio um pensamento horrível, como se fosse um presságio: e se a corretora falir amanhã? E se eu precisar resgatar esse dinheiro todo, logo agora que consegui separar pra investir?
Se você já pensou desse jeito, não se preocupe. São medos normais que passam pela nossa cabeça quando vamos fazer algo que entendemos como arriscado!
E nossa mente não está errada em tentar nos proteger rsrs. Mas se você quer superar essas barreiras interiores, vamos no passo a passo:
1 – Investimentos não são isentos de risco. Você precisa aceitar isso. O melhor jeito de aceitar? Conhecendo-os profundamente!
O ideal é sabermos muito bem todos os aspectos envolvidos no investimento. Estude o máximo possível para entender onde é que você está colocando seu dinheiro. Grau de risco (ou, qual a chance do meu dinheiro diminuir? Ele poderá ir a zero?), liquidez (se eu precisar resgatar, em quanto tempo conseguirei meu dinheiro de volta?), vencimento do título, no caso de investimentos de renda fixa, quem é o emissor…
No caso de investimentos em renda variável, é interessante estudar bem a empresa, o setor, e os principais indicadores sobre a saúde financeira da empresa. Para todos os investimentos a lista é longa, muito longa. Munir-se de informações te deixará mais tranquilo.
2 – Falando em conhecer, é necessário se conhecer também. Você sabe o seu perfil de investidor? Pode ser que você não seja tão adepto ao risco. E tá tudo bem!
Há muito tempo atrás, quando estudava para o vestibular, eu lia um blog que dizia que para vencer uma guerra, é necessário não somente conhecer o inimigo como conhecer a nós mesmos.
As corretoras são obrigadas a realizarem o perfil de investidor (também conhecido como suitability) para que você possa investir. Esse teste mede o quanto você é tolerante a liquidez, rentabilidade e segurança dos investimentos.
Algumas pessoas querem investir em renda variável, mas não suportariam ver seu dinheiro diminuindo por causa das variações normais do mercado. Para essas pessoas, é melhor investir em opções com menor grau de risco. E não tem nada de errado com isso.
3 – Não coloque todos os ovos em uma única cesta
Muito do nosso sentimento de medo também pode estar vindo do fato de estarmos colocando todo o nosso dinheiro em um investimento só.
Você pode até não ter pensado nisso, mas sua mente inconsciente provavelmente sabe disso e está tentando te proteger. Afinal, como investimentos tem algum grau de risco, no fundo nós sabemos que se algo acontecer àquele único investimento, tudo o que temos pra investir estará indo por água abaixo.
Por isso, é muito recomendado não colocar tudo em um único tipo de ativo.
4 – Não, as coisas catastróficas que você imagina provavelmente não vão acontecer.
Aqui chamo a atenção para a palavra provavelmente. Nossos investimentos não são imunes ao risco. Em algum momento, inclusive, eles poderão ir a zero. Você tem que saber lidar com esse paradoxo.
É sempre bom ver se seus investimentos são protegidos pelo FGC, um mecanismo que garante a recuperação do seu patrimônio (em até R$250.000) caso a instituição passe por decretação de regime de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência. Mas pesquise, porque nem todo ativo e nem todo grupo financeiro é segurado pelo FGC!
5 – …Mas se acontecerem, você vai saber lidar com elas!
O ponto mais importante aqui é saber que independente do que aconteça, você sempre vai ter a capacidade de gerar para si mais riqueza e investir novamente. Acredite em você!