
No mês de Fevereiro de 2023, eu decidi alugar um carro.
Essa decisão foi complexa, mas não tão complexa quanto eu imaginei, e vou explicar o porquê.
Eu sempre gostei de carro. Tirei carteira aos 18 anos, e o maior motivo sempre foi ajudar minha família com necessidades gerais (fazer compra, levar em médico…). Em 2021, no entanto, já trabalhando de home office, eu resolvi vender meu carro. Na época eu ainda morava com minha família, então eu usava o carro da casa, o que era muito confortável para mim.
Ao morar sozinha, agora em 2023, percebi que meus gastos com transporte estavam um pouco acima do que eu esperava. Eu moro num condomínio “inteligente” que fica em cima de um shopping que possui supermercado, farmácia, praça de alimentação, café, lojas de roupa… em resumo, não preciso usar carro no meu dia a dia.
Mas: eu jogo vôlei de 3 a 4 vezes por semana, o que precisa de locomoção. Motivo número 1.
Eu moro longe da minha família. Motivo número 2.
De vez em quando, preciso levar minha cachorra na veterinária. Motivo 3.

E, claro, quando saio aos fins de semana, eu geralmente vou para locais distantes da minha casa. Motivo 4.
Tudo isso me levou a tomar uma decisão que pareceu difícil na época. Mas eu fiz um passo a passo que me ajudou muito:
1. Coloque na ponta do lápis. Depois disso, o que faz sentido?
Essa dica parece fácil, mas colocar os gastos reais que teremos precisa ser o primeiro passo. E muitas, muitas vezes, nós incorremos em despesas que durarão por bastante tempo, sem pensar elas cabem no nosso orçamento mensal (que é como geralmente separamos nossas finanças).
2. Liste os prós e contras.
De novo, outra dica que parece fácil, mas lista prós e contras pode evidenciar motivos que você estava se esquecendo para tomar alguma decisão. Quando decidi alugar um carro eu vi que a comodidade de ter um carro, por mais que incorresse em uma despesa maior que me locomover por aplicativos, era algo que eu estava disposta a pagar para ter. Foi, então, uma ótima análise complementar ao “preto no branco” das contas. Mas o que realmente fez diferença foi a terceira e última etapa:
3. Analise como você se sente sobre a decisão.
Antes de tudo, é preciso que a gente goste do que está fazendo.
Algo que sempre falo é que se as decisões fossem 100% racionais, ninguém comprava carro. E aposto como muitas pessoas já viram os influencers que dizem para as pessoas não comprarem carros nem imóveis comprando, eles mesmos, carros e casas.
Se você tem o sonho de comprar algo, é nessa direção que você deve ir.
Então, essa dica é a mais importante. Vá na direção do que você quer, e faça o que você gosta e o que te deixa se sentindo bem. Não adianta de nada você decidir economizar ou se privar de algo e se sentir completamente triste, assim como não adianta você gastar horrores em coisas que nem fazem tanta diferença assim, ou que não ressoam com a pessoa que você é.
Espero que essas dicas tenham te ajudado!