Eu nunca gostei de domingos.
Isso só mudou quando eu saí do meu trabalho no final de 2018 e precisei ter as corridas de aplicativo como uma das minhas principais fontes de renda. Eu já havia feito o cadastro na Uber, em 2016, e na época um tio meu também começou a rodar pelos aplicativos. Foi esse tio que me ajudou a superar meus receios quanto à atividade, pois ele me disse algo que é verdade: a maioria dos clientes de aplicativo é uma mulher sozinha. Essa informação me tranquilizou bastante.
Por meio de tentativas e erros, decidi que meu horário seria das 16h até aproximadamente 22h. Além disso, fui experimentando e concluí que o melhor lugar para esperar a primeira corrida do dia era sempre a garagem da minha casa. E domingo é um dos melhores dias para se rodar, principalmente porque a cidade fica com menos carros circulantes, e a maioria das pessoas está se transportando para fins de lazer e não a trabalho. Domingo virou, então, sinônimo de trabalho, mas eu encarava isso de uma maneira boa e absolutamente leve.
Eu já trabalhei em vários tipos de atividades que eu chamo de freelances – desde professora de matemática até a hostess e bartender de restaurantes (minhas duas piores experiências de trabalho), passando por outros tipos de serviços variados, como vendedora, atendente de locadora e até tradutora. Mas de todos, Uber sempre foi o que eu mais gostei. E por que eu gostava tanto?

Por um motivo simples: como motorista, eu tinha completa autonomia para decidir praticamente tudo, incluindo meus horários de começo e fim, pausas, descansos e várias outras coisas.
Foi uma época difícil, mas ao mesmo tempo bem boa da minha vida. Especificamente, foi nessa época que eu conheci o trabalho da pessoa que veio a ser hoje minha mentora, a Leah Gervais. Eu baixei um episódio do podcast dela e ficava escutando no carro, enquanto aguardava corridas. Outro hábito que comecei a desenvolver foi o de assistir vídeos e até ler livros de finanças nesses intervalos ociosos da atividade.
Por todos esses motivos, guardo essa época da minha vida na memória com um carinho especial, e dessa época, a lembrança de fazer Uber aos domingos sempre me será muito agradável.
E você, qual foi o seu freelance favorito? Deixe um comentário, ou me mande um email – eu adoraria saber sua visão sobre freelances e o que você gosta ou não gosta neles.